Consumidor 4.0: como adequar seu e-commerce para esse novo perfil de comprador

Naturalmente, tal crescimento estimula a intensificação da competição, o que exige que as lojas virtuais adotem práticas para conquistar o público.

Para aprimorar a relação com os clientes, é fundamental entender suas principais características, como os fatores que os motivam a comprar e os que fazem com que busquem outras opções. É por isso que é essencial entender o conceito de consumidor 4.0, que define os traços do comprador moderno.

Neste artigo, vamos nos aprofundar no significado e características desse perfil de consumidor, traçando uma linha do tempo para mostrar sua evolução até o ponto atual. Além disso, vamos indicar o caminho para o seu e-commerce conquistar e atender esse novo tipo de público. Confira!

O que é consumidor 4.0?   

Baseado nas principais características observadas no perfil do comprador moderno, o conceito de consumidor 4.0 foi criado para servir como guia na atuação de empresas no mercado. Como sabemos, a relação entre marcas e clientes muda de acordo com variações econômicas e sociais.

Dessa forma, adequar suas atividades às tendências e preferências do consumidor contemporâneo é primordial para alcançar resultados positivos. Em outros tempos, o público pouco se importava com o posicionamento e os valores de uma empresa. Com poucas alternativas, a funcionalidade do produto ou serviço era suficiente para gerar um cliente.

Contudo, com a expansão da competição e o rápido acesso à informação possibilitado pela internet, a relação entre pessoas e empresas se horizontalizou. Isso significa que, atualmente, o cliente assume uma posição de poder, já que pode escolher entre diversos fornecedores dos mesmos produtos ou serviços.

Esse fenômeno motivou os consumidores a aumentarem as exigências em relação às marcas. Para que deem abertura a um relacionamento duradouro, esperam que as empresas apresentem valores e visões semelhantes aos deles. Ou seja, a humanização das companhias é algo inevitável.

Além da transformação de agentes meramente comerciais em membros da comunidade, outra mudança observada é a forma como as pessoas reagem à publicidade. Se antes era facilmente influenciada por propagandas, hoje a audiência dá mais valor às opiniões de amigos, familiares e influenciadores digitais.

Porém, a principal característica do consumidor 4.0 ainda não foi citada. Trata-se da frequente utilização de tecnologia, fator que intensifica a demanda por experiências satisfatórias e digitalizadas. Por essa razão, a transformação digital é um processo que não pode ser negligenciado pelas empresas, independentemente do segmento.

É importante ressaltar que o consumidor 4.0 não será predominante para sempre. Por isso, é crucial manter-se antenado para acompanhar a tendência do público e garantir excelência ao atendê-lo. A seguir, vamos falar sobre os perfis de consumidor que existiram antes do 4.0. Siga a leitura!

Quais perfis antecederam o consumidor 4.0?

É importante visualizar o marketing como algo que se desenvolve ao longo do tempo. As práticas, estratégias e técnicas empregadas atualmente podem se tornar obsoletas em alguns anos. Por isso, é crucial acompanhar o trabalho de teóricos da área, como o consagrado autor e professor Philip Kotler.

Ele é o responsável pela estruturação do conceito de Marketing 4.0, que deu origem ao entendimento do consumidor moderno. Antes disso, Kotler já havia detalhado as ideias de marketing 1.0, 2.0 e 3.0. Naturalmente, cada um deles contava com perfis diferenciados de compradores.

Para entender melhor essa evolução, vamos falar um pouco sobre as características de cada um desses perfis. Conheça-os a seguir.

Consumidor 1.0

O primeiro perfil de consumidor registrado por especialistas vem da época da produção em massa. Com baixo acesso à informação e poucas alternativas, as pessoas consumiam o que lhes era apresentado. Por isso, as empresas pouco se preocupavam com a experiência dos clientes ou a diferenciação dos produtos.

Um exemplo clássico é a Ford, gigante do ramo de automóveis. Por muito tempo, a empresa criada por Henry Ford vendia veículos com apenas uma cor: preta. Com a falta de competição, essa limitação não causava efeitos no público consumidor, que apenas se importava com as especificações técnicas do produto.

Então, é fácil constatar a relação das pessoas da época com as ações publicitárias das empresas. Anúncios eram vistos como meros panfletos de divulgação, já que a necessidade de criar uma relação com a audiência era inexistente.

Consumidor 2.0

O consumidor 2.0 surge em um período de aumento na competição no mercado. O crescimento econômico possibilitou o surgimento de empresas vendendo produtos similares, o que deu ao consumidor mais opções na hora de finalizar o processo de compra.

Com mais alternativas, o público, naturalmente, se torna consideravelmente mais exigente em suas escolhas.

Assim, as companhias se viram na necessidade de reinventar as próprias abordagens, deixando para trás o modelo em que os produtos e serviços eram meramente apresentados à audiência. Mais do que isso, era preciso convencer o consumidor de que o produto oferecido era melhor do que o concorrente.

Consumidor 3.0

O consumidor mais próximo do perfil atual é o 3.0. O primeiro a contar com acesso rápido à informação, esse perfil passou a exigir que as empresas mostrassem preocupação com a comunidade que as cerca. Por isso, as marcas passaram a estabelecer visões, missões e valores a serem seguidos.

O consumidor 3.0 também inaugurou o ceticismo em relação a campanhas publicitárias. Calejados por anos de pesadas propagandas televisivas, eles dão mais valor ao feedback de pessoas que já se relacionaram com a marca ou à opinião de integrantes do seu ciclo social.

Como resposta às demandas do público, as empresas passaram a adotar estratégias para criar um relacionamento não apenas comercial, mas também emocional. A ideia é compreender o cliente como um ser humano pleno, que, nas palavras de Kotler, significa um indivíduo com mente, espírito e coração.

Com a transformação digital, o consumidor 3.0 se tornou o 4.0, que dá preferência a experiências que sejam, de alguma forma, digitalizadas. Quer saber como direcionar seu e-commerce para atender a essas demandas? Confira o próximo tópico!

Como seu e-commerce pode conquistar o consumidor 4.0?

Para alcançar o sucesso no relacionamento com o comprador moderno, é preciso atender suas demandas ao longo do processo de compra. Como já vimos, esse perfil não limita suas exigências aos produtos. A experiência proporcionada pela marca é um dos fatores primordiais para possibilitar sua fidelização.

Portanto, o primeiro passo para se adequar ao consumidor 4.0 é garantir uma aproximação ao público. Para tal, canais como redes sociais são fundamentais para garantir uma comunicação efetiva. Porém, outra peculiaridade desse perfil é a preferência por um atendimento personalizado.

Sendo assim, é preciso entender exatamente em qual rede você pode encontrar seu público-alvo e qual tipo de abordagem deve ser empregada para seduzi-lo. Para isso, as empresas investem cada vez mais na criação de personas, que são perfis semifictícios que representam o consumidor ideal de um empreendimento.

A partir das particularidades desse perfil, as marcas montam estratégias com o intuito de explorar as dores, hobbies, motivações e necessidades dos clientes, usando, para isso, as técnicas do Marketing Digital. Vale lembrar, aqui, que a personalização no atendimento não é o principal. É imprescindível garantir que o processo seja realizado de forma ágil e excelente.

Afinal, com tanta concorrência, um mero detalhe negativo pode ser o suficiente para afastar um consumidor e entregá-lo de bandeja ao concorrente. Para evitar tal situação, vale investir em ferramentas de automação de marketing. Com elas, você pode alcançar um volume maior de pessoas sem sobrecarregar seus colaboradores.

Invista em Marketing de Conteúdo

Em tempos em que as pessoas almejam uma conexão com a marca antes de realizar uma compra, uma boa estratégia de Marketing de Conteúdo é uma aliada valiosa. Você pode, por exemplo, criar um blog para postar materiais pertinentes à persona. Assim, pouco a pouco, você eleva sua marca a uma posição de autoridade no assunto.

Para que essa abordagem seja eficaz, é preciso investir em técnicas de SEO, que vão desde a utilização correta das palavras-chave até a responsividade do seu website. A ideia é prezar pela experiência do usuário. Por isso, fatores como a escaneabilidade dos artigos postados no blog são de suma importância.

Ao implementar as melhores práticas, você otimiza o rankeamento de sua página nas SERPs e aumenta as chances de atrair um consumidor até seu website. Uma estratégia de Marketing de Conteúdo que apresenta bons resultados é a utilização de landing pages.

Essas páginas oferecem materiais que interessam à persona em troca dos seus dados de contato. Com as informações obtidas, você pode acionar uma abordagem de email marketing para nutrir o lead e, eventualmente, convertê-lo em cliente.

O consumidor 4.0 espera lidar com empresas que entendam seu papel social. Portanto, é essencial que seu empreendimento conte com valores claros e bem estabelecidos. Além disso, oferecer uma experiência personalizada e qualificada é fundamental, assim como utilizar meios digitais para tal.

Ao longo do artigo, falamos sobre a importância de adaptar sua empresa ao cenário atual, que preza pela digitalização dos processos. Para saber mais, confira este artigo em que nos aprofundamos no conceito de transformação digital!

*Artigo produzido pela equipe da Rock Content.

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Karine Figueiredo

Especialista em Inbound Marketing na Lett e uma jornalista apaixonada pelo que faz. Fascinada por viagens e que adora experimentar comidas diferentes.

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