Como o Covid-19 fez as vendas online de produtos de saúde dispararem

O isolamento social e as instabilidades financeiras e econômicas causadas pela pandemia do coronavírus alteraram as regras do jogo, impactando empresas de quase todos os setores. O mundo de antes já não existe, e o cliente antigo também não – o comportamento do consumidor mudou e quem quer sobreviver precisa se adaptar.

Uma das maiores mudanças de comportamento envolve o uso do e-commerce. Para evitar o contato físico, as pessoas estão comprando mais online. Muitas delas, pela primeira vez. Uma pesquisa feita pela Ebit | Nielsen mostrou que, entre janeiro e março de 2020, mais de 15% dos consumidores resolveram apostar em sua primeira compra pela internet. 

A expectativa para o segundo trimestre é que essa tendência só se fortaleça, principalmente para os setores de saúde, higiene e beleza, por esta ser uma crise de origem sanitária.

Nesse texto você vai descobrir o que mudou no comportamento do consumidor diante do Covid-19, quais as tendências daqui pra frente e o que você precisa fazer para se adaptar a este novo cenário. 

O que mudou no e-commerce de saúde, higiene e beleza após o coronavírus?

A quarentena adotada na maioria das cidades brasileiras levou os consumidores a intensificarem uma prática já antiga: comprar pela internet. A demanda desde o início da pandemia foi tamanha que chegou a trazer problemas para muitos sites, que não estavam preparados para uma quantidade tão grande de pedidos.

Mas os produtos de saúde, higiene e beleza já eram campeões de venda antes mesmo da crise. De acordo com o relatório Webshoppers, o segmento representou  18% do total de pedidos online feitos em 2019, empatando apenas com moda e acessórios. 

Desde o início da quarentena, a saúde passou a ser o principal foco dos brasileiros, acima até de “finanças pessoais”, que figurava no topo das preocupações desde 2014. 

Para entender o quanto a pandemia impactou as vendas, a Compre & Confie comparou as compras online realizadas em fevereiro e março de 2020 com o mesmo período no ano anterior. Na pesquisa, as categorias que tiveram maior variação positiva em vendas e faturamento foram, justamente, saúde e beleza.

produtos saude higiene covid-19

Enquanto bens eletrônicos e de entretenimento apresentaram quedas significativas, itens de saúde faturaram 111% a mais e Beleza e Perfumaria aumentaram as vendas em 81%. Entre os produtos mais procurados pelo consumidor, o álcool em gel foi de longe o maior destaque, com um um crescimento no volume de vendas superior a 4000%. 

Outros produtos de prevenção ao coronavírus, como sabonetes, luvas e termômetros, também tiveram aumentos significativos em relação ao ano passado, com crescimentos de até 375%. 

Com o isolamento social levando as pessoas a ficarem mais tempo em casa, era de se esperar que houvesse uma queda nas vendas de perfumaria, cuidado pessoal e produtos de tratamento para pele e cabelo. Mas, na verdade, exatamente o contrário aconteceu. 

Comparando com o ano passado, segundo a pesquisa Nielsen Total Store Read, cuidado pessoal e perfumaria cresceram 54,3% em volume de vendas; produtos para o cabelo, por sua vez, cresceram 4,8%, enquanto a venda de produtos para tratamento de pele aumentaram 11,3%. 

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Isso mostra que, apesar de saírem menos de casa, as pessoas continuam cuidando de si. O cuidado pessoal também pode ser uma maneira de restabelecer a auto estima e a saúde mental em tempos tão difíceis. 

Se você quer saber ainda mais sobre as mudanças e tendências no setor, confira o EQI de Saúde, Higiene e Beleza

Como o comportamento do consumidor está evoluindo durante o coronavírus?

O Mercado Livre elaborou um relatório sobre o comportamento do consumidor também considerando a América Latina. Em todo o continente latino-americano, a categoria de saúde ganhou enorme protagonismo desde o início da pandemia. 

Além disso, os brasileiros foram de longe os que mais aderiram à compra online de produtos de saúde, multiplicando as compras na categoria em 22 vezes em relação ao período pré-crise e atingindo o maior volume de vendas entre os países analisados.

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A empresa mapeou também como o comportamento do consumidor mudou durante as diferentes etapas da pandemia. 

Na primeira etapa, que é de  prevenção, houve um aumento muito forte na compra de produtos de saúde. A segunda etapa, de abastecimento, contou com um aumento dos bens de consumo de alto giro, como alimentos, bebidas e produtos de higiene. Já na terceira fase, de permanência, os consumidores se voltaram para os produtos de entretenimento e fitness. 

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Esses dados são indícios de que o isolamento causado pela crise tenha adiantado uma nova onda no e-commerce: a da penetração de itens de menor ticket médio e de baixa duração, também chamados de FMGC (Fast-Moving Consumer Goods), como ocorreu na segunda etapa. 

À medida que for necessário, é provável que esses bens de alto giro sejam estocados novamente, o que pode trazer novos picos de demanda para as categorias de limpeza, higiene, alimentos e bebidas ao longo da pandemia.

Além disso, a mudança súbita para itens de entretenimento e fitness na etapa de permanência pode ser um sinal também de que muitos brasileiros já estão se acostumando com o tempo mais longo que o previsto de quarentena. É uma maneira encontrada pelos consumidores de seguir em frente, por isso buscam maneiras de se entreter e se exercitar dentro de casa, em segurança.

O futuro do e-commerce de saúde, higiene e beleza 

Todo esse crescimento fez gigantes do mercado, como Magazine Luiza, Mercado Livre e Amazon se lançarem em uma corrida logística para expandirem seus e-commerces e saírem na frente. Afinal, como você já deve saber, estruturar uma operação online de ponta a ponta não é nada fácil. 

Podem haver problemas com disponibilidade do estoque, com a logística da entrega, na relação com os fornecedores, nas próprias plataformas online devido aos surtos de demanda, entre muitos outros. 

Contudo, o tamanho do desafio é também o tamanho do resultado. O e-commerce de higiene, beleza e saúde tem tudo para crescer – não só durante o coronavírus, como também depois dele. A dissolução da resistência dos consumidores com a compra online desses tipos de produtos pode ser tornar um novo hábito, e você precisa estar preparado para isso

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O relatório da Compre & Confie já aponta alguns passos para o futuro do e-commerce de saúde, beleza e higiene. Segundo a imagem acima, após a pandemia, a expectativa é de que haverá uma maior participação das redes de farmácia e beleza em marketplaces e lojas próprias online. Com isso, elas disputarão espaço no mercado com as farmácias de bairro e as lojas físicas, que ainda hoje concentram o maior volume de vendas. 

Como saber se a sua marca está no caminho certo? 

Uma dica para te ajudar nas estratégias e minimizar os riscos durante o período de Covid-19 é o EQI de Saúde, Higiene e Beleza. O EQI é a única pesquisa do Brasil que avalia a qualidade do e-commerce de acordo com o conteúdo das páginas de produto. Veja o que você vai encontrar nele: 

  • + 700 mil páginas de produtos analisadas;
  • + 30 sites de referência no mercado;
  • + 300 marcas presentes no estudo. 

Aproveite os excelentes insights para traçar estratégias assertivas para a sua marca. Assim, você vai melhorar seu posicionamento online durante o período do coronavírus e ter resultados satisfatórios mesmo após a crise. Se interessou? Baixe o relatório completo aqui. 

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Alice Leroy Carvalhais

Jornalista pela UFMG e mestranda em Comunicação pela UFBA. Adora aprender e é encantada por literatura. Sonha em viajar pelo mundo e conhecer o Egito.

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